Governo federal descarta “Expresso Pequi” por inviabilidade econômica
Luciana Amaral
21/08/2019 15h48
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em sessão pública do leilão de três áreas portuárias na Bolsa de Valores de São Paulo em 13 de agosto de 2019. Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, descartou a possibilidade de linha ferroviária entre Brasília (DF) e Goiânia (GO) sair do papel. As cidades ficam a cerca de 200 km de distância uma da outra. Conhecido como o "Expresso Pequi", o trem faz parte do imaginário popular do Centro-Oeste há décadas.
"Esquece. É um projeto que não dura cinco minutos de análise", disse.
Freitas afirmou que já recebeu em seu gabinete projeto sobre o assunto. No entanto, a proposta é inviável economicamente por falta de demanda de passageiros que compense o investimento.
Ele informou que, se a linha fosse construída por meio de PPP (parceria público-privada), como sugerido, seria necessária uma contrapartida pequena com receita alta. Uma grande receita só é atingida com alta demanda. Aí, falou, a conta não fecha.
No projeto do "Expresso Pequi" discutido até hoje, informou, a demanda teria de ser de 44 milhões de passageiros ao ano, número que não é atingido nem pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o mais movimentado do Brasil.
"Então, o seguinte: se eu fechar o aeroporto de Brasília, obrigar todo mundo a pousar em Goiânia e vir para Brasília, não dá os 44 milhões de passageiros. […] Não fico vendendo sonho, não. Não vai ter, não é viável", falou.
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