Moro age politicamente em prisão de hacker e gera desconforto na PF
Setores da Polícia Federal estão preocupados com o uso político da Operação Spoofing, que prendeu quatro pessoas acusadas de atacarem o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Uma das fontes do mal-estar é o próprio ministro, que, para os policiais, tirou conclusões sobre o caso antes de perícias serem feitas e avisou uma série de autoridades de que elas também seriam vítimas do caso na mesma proporção que ele e, talvez, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
A assessoria do ministro da Justiça disse ao UOL que Moro "não disse que as autoridades são vítimas ou estão no mesmo nível da tentativa de ataque a ele. Apenas comunicou do hackeamento considerando as autoridades envolvidas".
Há na PF a avaliação de que o ministro parecia querer obter solidariedade de autoridades sobre o que aconteceu com ele.
No entanto, ressaltam fontes da polícia, não é possível dizer que a situação é a mesma para os presidentes da República, Jair Bolsonaro (PSL), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Um delegado que conversou com diversos colegas nos últimos dias reclamou dessa tentativa de instrumentalizar a investigação em favor da defesa de Moro e mesmo em favor dos interesses de setores da esquerda.
A assessoria do ministro afirma que "ele não tem e nem teve acesso ao inquérito. Considerando informação de que altas autoridades da República, como o presidente, estavam entre os hackeados, decidiu-se comunicar preventivamente algumas delas por questão de segurança nacional, sem qualquer exposição de dados sensíveis da investigação."
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