Com tapumes e celulares confiscados, CPI do BNDES ouve delator da Odebrecht
O corredor em que ficam espalhadas as mais de 20 comissões da Câmara tinha um plenário completamente vedado nesta terça-feira (20). O auditório 5 foi isolado com tapumes e tinha acesso restrito. Não podiam entrar assessores e tão pouco celulares.
Isso porque ex-diretor da Odebrecht, João Carlos Mariz Nogueira, delator na Lava Jato, prestou depoimento sobre práticas ilícitas à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O ex-direto chamado à comissão que investiga possíveis direcionamentos e desvios de verbas públicas do banco durante os governos petistas. A sessão começou às 15h.
Em delação premiada o ex-diretor já disse que Lula levou ao presidente de Cuba, Raúl Castro, em 2014, uma proposta da empreiteira para viabilizar a construção de uma área industrial na ilha.
Além dele, deputados entraram, mas com celulares confiscados. Procedimento semelhante se deu com o depoimentos do ex-ministro petista Antonio Palocci. Isso acontece para preservar as informações sigilosas que são confidenciadas aos parlamentares.
O grupo é coordenado pelo tucano Vanderlei Macris (PSDB-SP). Esta é a terceira CPI que se debruça em possíveis irregularidades nos empréstimos do banco.
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