Presidente da CCJ diz a petista que 'é melhor atender Moro do que bandido'
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), voltou hoje a bater boca com a petista Maria do Rosário (PT). Um dia após chamá-la de "chata" durante a discussão do projeto que trata da possibilidade de prisão em segunda instância, o parlamentar disse a ela que "é melhor atender um pedido do ministro [Sergio] Moro do que de bandido que fica pedindo para não pautar essas coisas", em referência ao mérito da proposta que compõe o pacote anticrime.
O duelo verbal ocorreu quando Maria do Rosário tentava, por meio de questão de ordem, pedir vista do processo antes da leitura do parecer da relatora, Caroline de Toni (PSL-SC). Francischini negou e disse que, assim como na reforma da Previdência, só concederia vista –quando a matéria é retirada de pauta para análise– após a leitura ou quando o documento fosse disponibilizado no site da Câmara.
Insatisfeita com a decisão do presidente da CCJ, a petista protestou e afirmou que ele estaria "atendendo ao ministro Moro e ao PSL" em vez de respeitar o Regimento Interno da Casa. Francischini respondeu então:
"Eu não vou bater boca com vossa excelência. Eu não estou atendendo a pedido do ministro Moro. Mas se eu tivesse, é melhor atender um pedido do ministro Moro do que de bandido que fica pedindo para não pautar essas coisas. Então, por favor."
Na sequência, Caroline enfim fez a leitura do parecer, favorável à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da prisão em segunda instância. Dessa forma, o bloco de oposição pôde finalmente apresentar o pedido de vista. A matéria deve retornar à pauta da comissão em duas semanas.
Francischini decidiu pautar o projeto em resposta a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que marcou para quinta-feira (17) a votação das ações que podem alterar o entendimento da Justiça sobre o tema. O último julgamento da Corte foi favorável à prisão em segunda instância, mas o placar ainda pode ser alterado.
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